Diego Rivera (1886-1957) foi um artista plástico mexicano, um dos mais importantes pintores do “Muralismo Mexicano”. Sua arte imbuída de intenções políticas, deu lugar aos temas sociais.
Diego Rivera, nome artístico de Diego María De La Concepción Juan Neponuceno Estanislao De La Rivera e Barrientos Acosta e Rodrigues, nascido na cidade de Guanajuato, México, no dia 8 de dezembro de 1886.
Infância
Diego Rivera começou a desenhar aos três anos de idade e ganhou de seu pai um ateliê antes mesmo de aprender a ler. Aos seis anos de idade mudou-se com a família para a cidade do México.
Aos 10 anos iniciou seus estudos na Escola de Belas-Artes de San Carlos na capital mexicana. Com 16 anos foi expulso da academia por participar de uma greve estudantil.
Início da carreira
Em 1907 Diego Rivera realizou sua primeira exposição. O sucesso do evento valeu-lhe uma bolsa do governo de Veracruz para prosseguir sua formação na Espanha.
Cursou a Escola de San Fernando, em Madri e em seguida viajou por diversos países da Europa até se fixar em Paris, onde entrou em contato com o cubismo, o pós-impressionismo e o primitivismo.
Em 1910, expôs no México quarenta pinturas que tiveram boa acolhida, embora ainda não tivesse desenvolvido seu estilo.
Em 1913, foi para Toledo, na Espanha, onde confirmou seu interesse pela arte de vanguarda europeia (cubismo e expressionismo) abandonando o estilo acadêmico.
Iniciou uma série de retratos e paisagens cubistas. As telas e os vários desenhos a lápis dessa época foram considerados obras-primas do cubismo. São desse período as obras “Retrato de Martins Luís Guzman” e “O Guerrilheiro” (1915):
Em 1921, Diego Rivera retorna ao México, depois do presidente Álvaro Obregón, político reformista e amante das artes, e se identifica com os ideais revolucionários de seu país.
Junto com o artista David Alfaro Siqueiros, dedicou-se a estudar as formas primitivas dos astecas e da cultura maia, que viu influenciar de maneira significativa em sua obra posterior.
com a colaboraçãoção de Siqueiros e de José Clemente Orozco, Rivera fundou o Sindicato dos pintores, fazendo surgir ou “movimento muralista mexicano”, de profunda raiz indigenista.
Durante a década de 20, recebeu numerosas encomendas do governo mexicano para realizar grandes murais. Em 1922, pintou seu primeiro mural, “a criação”, para o Anfiteatro da Escola Nacional Preparatória:
Entre 1923 e 1928 realizou gigantescos murais para a Secretaria de Educação Pública e para a Escola Nacional de Agricultura de Chapingo, onde representou sua particular visão da revolução agrária do México fazendo uso de estereótipos extraídos da pintura religiosa:
Com cores vivas e cenas de um realismo vigoroso e popular, Rivera criou um estilo nacional que refletia a história do povo mexicano, desde a época pré-colombiana até a Revolução.
Rivera representou sua particular visão da revolução agrária do México fazendo uso de estereótipos extraídos da pintura religiosa. Em 1929 pintou três paredes localizadas em frente à escadaria principal do Palácio Nacional do México.
Em seus murais, Diego Rivera refletia a sua adesão às causas socialistas e sempre reafirmou sua condição de artista comprometido politicamente. Foi um dos fundadores do Partido Comunista Mexicano. Entre 1927 e 1928 visitou a União Soviética.
Diego Rivera e Frida Kahlo
Em 1929, Rivera casou-se com a artista mexicana Frida Kahlo, também militante do Partido Comunista, que anos antes sofrera um grave acidente e passara a longa convalescença dedicada à pintura.
Rivera foi um dos incentivadores da arte de Frida, muitas vezes classificada de surrealista, embora a pintura não reconhecesse tal tendência.
Entre 1930 e 1934, Diego Rivera e Frida vão para os Estados Unidos. Nesse período, Rivera realiza um mural no pátio interno do Instituto de Artes de Detroit (1932-1933) e um grande mural para o Rockfeller Center de Nova Iorque.
Com o tema “O Homem na Encruzilhada”, o mural com a figura de Lenin em um lugar de destaque provocou uma grande polêmica na imprensa americana. Com a recusa de Rivera de suprimir a figura do líder soviético, a obra foi desmontada.
Retorno ao México
de retorno ao México, em 1934, o mural retirado do Rockfeller Center foi remontado pelo pintor no 3.Andar andar do Palácio de Belas-Artes do México, com o título “O Homem Controlador do Universo”:
Em 1936, solicitou asilo político para Trotsky, ou que se consolidou no ano seguinte.
Considerado pouco realista por seus correligionários Do Partido Comunista Mexicano, Rivera passou tempos diferentes. Nesse período, pintou uma série de vendedores de flores:
Em 1946 pintou o polmmico mural “Sonho de uma Tarde Dominical na Alameda”, onde colocou a frase “Deus não existe”:
Em 1950 ilustrou o livro Canto Geral de Pablo Neruda. Em 1952 realizou o mural “a Universidade, a Família Mexicana, a Paz e a Juventude esportiva”, não Estádio Olímpico.
Em 1953, Rivera Pinto a fachada do Teatro dos Insurgentes, na cidade do México, Sua obra-prima:
Rivera desenvolveu em suas últimas obras um estilo indigenista de grande apelo popular.
Diego Rivera faleceu em sua casa (convertida em Casa Estúdio Diego Rivera) na cidade do México, México, no dia 24 de novembro de 1957.